Solidão
 
Mais uma noite que chega
Silenciosa e fria
Mesmo já sendo Primavera
Lá fora o farfalhar de folhas soltas
Sendo arrastadas pelo vento
Que murmura entre os pinheirais
Palavras que não compreendo
Talvez, por não serem dirigidas a mim
E sim a Mãe natureza
Dou vazão ao meu pensamento
Que vagueia solitário
Vencendo barreiras e distancias
Ao encontro do nada
O som de um grito distante
Conduz-me de volta a realidade
Lá fora tudo e silêncio
O pinheiral não murmura mais
O vento está quieto
Abro a janela contemplo o Céu
Admiro as Estrelas o infinito
A nuvem solitária que passa e some
Atrás da montanha, a lua sequer apareceu
Minha noite foi de solidão,
O vazio que sinto não e Espiritual
E sim, falta de alguém pra dividir comigo
As noites que estão por vir!
 
Volnei Rijo Braga
Pelotas: 31 / 10 / 2014
 
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Assim eu me despeço de outubro
de mais uma festa de Halloween
de tão azarado que sou
nem uma bruxa sorriu pra mim!