Cracolândia ll

Hoje ele é aquele corrosivamente, lodo e poesia, luz negra para a sua heresia sombria, chuva ácida que torna surreal os azuis e vermelhos das flores, resgatando do silêncio, a violência das suas cores e dores....

Ladrão, traficante, que devolvia pesadelos brilhantes à vidas, cujo aroma para com a sua estima eram dívidas, acumulando apenas ferimentos insuportáveis nessa esgrima

Mendigo, enjeitado, sem a oração de amigos, é por todos evitado.

Ele é recusa, profusa e confusa à modelos institucionalizados,que se reconhece em nossos fantasmas menos conhecidos, frutos dos sonhos mais violentados e que não se satisfaz com a paz, mas, com o "anormal", com as flores "quebrados cristal" pelo mal.

Palavra vomitada do lado escuro da lua, nas noites infernais onde acumulamos dezenas de rugas a mais...

Momentos que extraditam para o inferno, os anjos que habitam nossos sorrisos fraternos.

Não dispunha de escolhas para sair daquele terreno baldio, cio para o hospício, suicídio, solstício da loucura, que nem a ternura cura....

Miséria e solidão...

Quando esconder-se dentro de você torna-se cansativo, e os valores da multidão te observam com olhos vingativos.

A música que aquela alma tocava para o planeta, era um vôo de mariposas insanas, ratazanas se alimentando de trevas, em meio às guerras.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 31/08/2017
Código do texto: T6100721
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