Longe de Qualquer Estrada

Escondida entre os escombros

Sobre o breu ameaçador

Ociosa em meio a ramos venenosos

Com mãos trêmulas de suor

Ela veio em meio a luz

De um sol escaldante

Suas sombras dançavam

De uma forma estranha

Seus espinhos se entrelaçam lentamente

E quando toquei a pele dela

O veneno percorreu minhas veias

Meus dedos ensanguentaram-se

Me vi em meio às rochas

De uma estrada sem asfalto

Envolto em poeira

E vi ao longe os cactos florecer

Senti o vento em meu rosto

E as estrelas alçar os céus

No crepúsculo silencioso

Pareciam me chamar

Quando a última luz aquecer-me

Eleve- se comigo para sempre

As estrelas serão meus olhos

E o vento será minhas mãos

Matheus Lacerda
Enviado por Matheus Lacerda em 11/12/2017
Código do texto: T6195739
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