O VÉU DA SOLIDÃO

Vivo a compor estes versos tristes,

Que muitos olhos irão umedecer,

Enquanto sinto que estou a morrer,

Desde o negro dia em que partiste.

A solidão me cobre como um manto,

Em meio à multidão estou sozinho.

Ando desolado e em desalinho,

Quando o sol se vai, durmo em qualquer canto.

Ao raiar, trôpego me levanto

Com os trajes sujos da poeira,

Que importa se me cobre a sujeira,

Nem se as aves ecoam o seu canto.

As lentes dos meus olhos só enxergam

Imagens baças de um mundo cruel,

Onde em taças é servido o fel,

O próprio veneno que em si carregam.

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Agradecendo a honrosa presença do Poeta Carioca com esta

magnífica interação. Valeu PC!

ESTRELA SOLITÁRIA

Como uma estrela solitária segue,

No escuro e no silêncio da ternura,

Aquela estrela mor, grande criatura,

Na eterna treva em brilho vai, prossegue!

Candidamente, a luz que então propaga,

Irradia num raio imensurável,

E a esperança fulgura formidável

Na gigantesca chama e não se apaga!

Brota na solidão a incandescência,

Avizinhando força e resistência,

Feito a afeição grandiosa em cada gente ...

Com singularidade este espetáculo,

Destrói a proliferação do obstáculo,

Apesar desse Espaço tão plangente!

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 01/05/2018
Reeditado em 11/01/2022
Código do texto: T6324338
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