Sem destino

Me inspirei num mundo fantástico,

De tanto apanhar, to calejado.

Só com mágoas do passado...

Não acreditei que o arrependimento

Era tão rápido.

Ingênuo, quis por sentimentos num frasco.

E mesmo sendo tão frágil,

Pra escrever e apodrecer,

Descobrir ser hábil!

As vezes eu penso em pegar fogo,

Só pra virar cinzas

E esquecido como fumaça,

Acreditei na bondade,

O mesmo que crer em fadas.

No fundo de um poço,

Olho pras direções...

E só vejo mais um morto!

Sinto que só irão se importar no final,

Fingiriam empatia perto do meu funeral.

Pena que ignoram os versos...

Agora lamentam tudo que não deu certo.

Em minha mente,

Refletir é um pecado,

Já que vivo em fogo cruzado,

Então que alguma bala me atinja,

Não é atoa que tô em Valhala.

São tantas lástimas,

E cada ação é uma falha.

Cada estrofe vem como navalha!

Poesia sendo rosas com enormes espinhos,

Sempre fui tóxico,

E perdi meu destino

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 21/11/2018
Código do texto: T6508580
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