ULTIMOS DIAS

O lar ja nao está lá,

ja nao habitas a mesma morada,

o asilo ha recolhestes.

Amigos, familia, nao se via.

A terra onde crescestes ficara longe.

Há esperancas?

Ela nao sabe,

mas ela espera.

Na cadeira que a puseram, ela espera.

Espera que o pouco de vida que lhe resta

mate a saudade que dilacera.

Espera que a terra natal a abencoe.

Ela nao quer mais pao, ela quer o sabor de seu povo

E assim, sentada na cadeira,

ela parte com a esperanca de saboriar, pela ultma vez,

a comida doce de sua infancia.

Ana Cristina Magalhaes
Enviado por Ana Cristina Magalhaes em 12/06/2019
Reeditado em 03/05/2023
Código do texto: T6671168
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