Eu e este...

Eu e este.

Algo aperta e punge-me o peito.

Ainda não aprendi a lidar com esse cara direito.

Através de meus óculos, questiona-me ao espelho.

E me reprova as fuças, e fico logo vermelho.

Usa o meu nome, e quando estou triste e amargo,

Ele zombeteiro, meu coração desdenha.

Acabo fugindo dele a cada instante,

Embora o encontre a todo momento.

Saber o que ele pensa é o que me leva adiante.

Esconder-lhe meus defeitos, o meu maior tormento.

Sei que não o conheço.

E nem sei se vai ser feliz um dia.

Deseja-me coisas que não mereço.

E se esconde triste, na minha alegria.

Sei que me lembra tudo o que eu esqueço.

E ás vezes tenta transformar em vida,

A minha costumeira agoniaw