Ausências...

Minha mente está quieta

Solitária como deveria estar

Vejo sombras estranhas

Invadindo meu jardim de solidão

É o sol que veio derreter a neve

A neve que cobre meu coração

Mas por baixo dessa neve

Há gelo ártico, espesso que não derrete não...

Apenas um calor infernal

Vindo das profundezas d’alma

Poderão quebrar esse gelo

Que eterniza a solidão

Mas a solidão é um jardim

Ou um belo pomar que cultivei

Afastei a todos com meus medos

E dos abraços me esquivei

Às vezes queremos o silêncio

Da multidão queremos nos ausentar

Buscamos por um refúgio aquecido

Para o frio d’alma acalentar

Hoje sinto muito frio

Sinto saudades eternas

Pena ter passando tanto tempo

Na solidão da minha caverna

De alguns rostos já esqueci

De outros ainda me lembro

Lentamente morrendo

Sofrendo por todos que perdi...

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 10/02/2020
Reeditado em 10/02/2020
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