Ausências...
Minha mente está quieta
Solitária como deveria estar
Vejo sombras estranhas
Invadindo meu jardim de solidão
É o sol que veio derreter a neve
A neve que cobre meu coração
Mas por baixo dessa neve
Há gelo ártico, espesso que não derrete não...
Apenas um calor infernal
Vindo das profundezas d’alma
Poderão quebrar esse gelo
Que eterniza a solidão
Mas a solidão é um jardim
Ou um belo pomar que cultivei
Afastei a todos com meus medos
E dos abraços me esquivei
Às vezes queremos o silêncio
Da multidão queremos nos ausentar
Buscamos por um refúgio aquecido
Para o frio d’alma acalentar
Hoje sinto muito frio
Sinto saudades eternas
Pena ter passando tanto tempo
Na solidão da minha caverna
De alguns rostos já esqueci
De outros ainda me lembro
Lentamente morrendo
Sofrendo por todos que perdi...