COMETA ALADO

Vamos mergulhar num sonho reluzente

Forçar as rosas a terem reverência

Cheio de magmas de um tufão quente

Calor humano, sem intermitência.

Vamos jogar os versos fora

E do papel fazer confetes

Pular e saltar sem demora

Botar fogo nos joanetes.

Vamos caminhar sobre uma linha

Onde o que cai flutua sobre o ar

Cantar, extravasar com a farinha,

Que é do mesmo saco de laranjas do pomar.

Pular, cantar, saltitar,

No mar, no ar, no espaço sideral

Burlar, pela via Láctea passear

Nunca vi nada tão surreal

Vai borboleta voraz, feroz

Vai tigre sensível e saciado

Corre jaboti veloz

E alcança esse cometa alado.

E traga ela de volta pra mim,

Pois acho que estou ficando louco.

Rafael Samgaby
Enviado por Rafael Samgaby em 30/11/2007
Código do texto: T758839
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