ESPERANDO NA PRAÇA
Enquanto eu esperava a noite chegar,
sentei-me no banco no meio da praça.
A luz muito fraca já não alumia
a grama molhada, escorregadia.
Enquanto o tempo depressa corria,
Eu, que já ficara sentado, sentia
o frio que vinha e era soprado
e eu ficava sentado e molhado.
A minha companheira, a derradeira,
até já passara da hora de chegar
e meu pensamento, a todo o momento,
tentava encontrá-la em qualquer lugar.
A lâmpada acesa pouco iluminava,
gotas de chuva continuavam cair;
nas ruas vazias, somente se olhava
carros apressados passarem e sumir.
E assim foram passando as horas vazias,
eu apenas esperava uma sombra vadia,
e, por mais que tentasse achar atrativo,
compreendi que o atraso tivera motivo.
30/11/04-VEM