Ermo compulsório

Os fins de tarde nunca foram iguais

Mas se tornam

Quando não há mais o que ver

Os filmes contornam paisagens

Gastas e requentadas

Enquanto os dias fervilham mornidão

E até os goles que me inundam

Racionam seu fervor

Subjetivando o tempo

Mais do que em outros tempos

A alegria se encontra no porvir

Nos perfumes que se farão

Antes que eu possa esquecer

Que as horas valem

E se fazem no existir

o s i l v a
Enviado por o s i l v a em 12/12/2024
Código do texto: T8217476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.