Ermo compulsório
Os fins de tarde nunca foram iguais
Mas se tornam
Quando não há mais o que ver
Os filmes contornam paisagens
Gastas e requentadas
Enquanto os dias fervilham mornidão
E até os goles que me inundam
Racionam seu fervor
Subjetivando o tempo
Mais do que em outros tempos
A alegria se encontra no porvir
Nos perfumes que se farão
Antes que eu possa esquecer
Que as horas valem
E se fazem no existir