Ansiedade

 

não sei o que me dá 

aquilo que me faz

ser tão distante e só

de me faltar o ar

a sobejar os dós

um não viver em paz

não desatar os nós

e essa inquietação

o medo que me traz

esse tremor nas mãos 

silenciosos ais

dentro do coração 

à beira desse cais

a me tirar o chão

e me atirar ao mar

revolto de emoção 

de correntezas tais

tragando sem perdão

com forças surreais

que não tem solução 

que vem me transbordar

nem sei se sim se não 

mar de incertezas

mar de solidão

 

 

MARCANTE, Alexandre.

(O valor das coisas incognoscíveis).

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 10/01/2025
Código do texto: T8238235
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