Sonhos,
nuvens no céu da alma,
sombras silenciosas
no mapa de um tempo sem despedida.
Chove saudades;
gotas pesadas que ecoam em cada passo,
lavando as marcas do caminho
onde a poeira da ausência sussurra teu nome.
O horizonte engole o meu olhar,
entre o presente e o passado,
desvendando lembranças esquecidas,
marcadas pelo tempo e o peso do abandono.
Não houve adeus,
apenas um hiato entre nós,
uma distância atemporal
onde não há cura, apenas silêncio.
Na vastidão da memória,
tua presença dança, leve como uma pluma,
ao sabor de um sonho que nunca acorda.
(Cida Vieira)