Um pedido de socorro
Seu silêncio era um pedido de socorro.
Cada poesia era um grito que ninguém ouviu.
Seu corpo fundia-se ao seu leito,
Em uma luta interminável
Contra a dor de não se pertencer.
Não era mais dona de si,
Era marionete de seu medo,
Refém de suas limitações,
Dona apenas de suas lágrimas.
Cansada dessa prisão,
Ela gritou...
Sem usar a voz,
Mas gritou...
E ninguém ouviu.
A dor era só dela,
Ninguém viu,
Ninguém sentiu...
E ninguém percebeu
Que seu silêncio...
Era um pedido de socorro.