Amargo Fim
Qual a medida do pesar?
Vivendo nas entranhas da mente
Devorando a existência decadente
Não consigo parar de pensar!
Devo chutar a pedra que me fez tropeçar?
Foi numa estrada tão distante
Talvez tenha outra logo adiante
Não consigo andar!
Existe vida além do mal-estar?
Sem um coração irreverente
Livre do fantasma insistente
Só quero descansar!
Esquecer o sabor sombrio
Do olhar que se despediu
Numa partida tão hostil
Atirou meu coração no chão frio
Agora choro de boca fechada
Agora vivo como aprisionada
Agora esqueço como fachada
Agora chamo de minha estrada
Como se vivesse eterno luto
Sem jazigo para visitar
Como se um soco do bruto
Fizesse minha vida começar
Onde correr quando sua falta palpitar?
Entra.
E se nosso olhar se cruzar?
Enfrenta.
Se eu quiser conversar?
Aguenta.
Se eu quiser te esperar?
Tenta.
Algum dia você vai voltar?