QUERIA VOCÊ PAPAI!

Existia um pai rico...

Conceituado engenheiro construtor!

Tinha um filhinho, o Enrico...

A quem dizia ter amor!

O homem em casa não parava...

Viajava incessantemente!

Ganhar dinheiro, imaginava...

É ser feliz, bem contente!

Pôs a família em mansão...

Com muitos carrões na garagem!

Comprava tudo o que o cifrão...

Dá na vida, essa miragem!

Miragem pra quem não vê...

Que Deus deve ser o primeiro!

Pra quem decide sofrer...

Se faz de Deus o derradeiro!

Miragem pra quem não vê...

Jesus no seu semelhante!

Só quer ganhar, lucrar, vencer...

Só isso é importante!

Miragem pra quem não vê...

O egoísmo nas próprias ações!

Quanto mais possui quer ter...

E que se dane as multidões!

Miragem pra quem não vê...

Que quem não ama, não vive!

E a felicidade não pode conhecer...

De quem com o amor convive!

Honorato, o construtor era assim...

Comprava tudo e a todos ao seu redor!

Era um homem de índole ruim...

E estava para acontecer o pior!

Esbravejava com a esposa e o filhinho...

Mas dava tudo o que o dinheiro pode dar!

Nunca se dava, saía sempre de fininho...

O seu lema: construir e viajar!

Nem nos Natais se fazia presente...

Porém dinheiro nunca faltava!

Mesmo longe, estando ausente...

Muitos presentes e muita grana enviava!

Na mansão nunca faltou nada...

Só faltava a presença do papai!

Que nos ares ou cortando uma estrada...

Viajava construindo mais e mais!

Certa vez com o Natal se aproximando...

Ganhou Enrico do pai, uma nova bicicleta!

Sete anos o menino estava completando...

Traria para o pequeno aquele presente, morte certa!

O menino foi atropelado...

Por um carro em frente à mansão!

Trazendo de volta o pai desesperado...

Com um mal presságio no coração!

Aparelhos mantinham a vida...

Da pequena criança inocente!

Por ele, a pergunta de antes sempre repetida:

Mãe! Cadê o papai entre a gente?

A mãe tinha sempre a mesma resposta:

Trabalhando, viajando, construindo!

Daqui a pouco ele entra pela porta...

Trazendo presentes e nos abraçando sorrindo!

A mãe, uma mulher solitária...

Como muitas que existem por aí!

Com dinheiro e mesmo sendo milionária...

Infeliz e não sabendo sorrir!

O pequeno Enrico morreu!

Últimas palavras ditas para a mãe entre a dor e o ai?

Frase que no coração da mãe doeu...

- Queria você papai!

Muita gente com todo o dinheiro...

É infeliz vivendo numa ilha!

Se a fama e o lucrar fala primeiro...

Que o amor à própria família!

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 19/09/2016
Código do texto: T5765699
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