Meus sonhos de Peter Pan
Meus sonhos de Peter Pan
A cada dia morremos um pouquinho
Morte lenta e invisível
O tempo deforma, o rosto informa
As pernas anunciam um caminhar fora de forma
A cada dia o destino nos mostra o que é visível
Um futuro previsível, adiar tudo isso
Impossível
O remédio ficou fraco, só me restou substratos
Clínicas, atitudes cínicas
Um contracheque que não serve pra nada
O ego, aquela pele de maçã, meus sonhos de Peter Pan
Do que é inevitável, do cirurgião do tempo
Da gravidade inerente de cada ser
Conclusão: o meu desejo é envelhecer com você
Jonas Luiz
São Paulo, 09/03/18