O Palhaço

Sempre sonhou desde menino,
Ser palhaço, pois tinha tino,
De fazer rir, esconder a dor,
Por um momento, ilidir o temor.

Consagrada arte de fazer graça,
Debaixo da lona; em meio à praça,
Riso solto irrompe do palhaço afável,
Que incendeia o público respeitável.

Profissão por destino, desde petiz,
Da sua vocação, eterno aprendiz,
No circo a alegria nunca se encerra,
Naquele maior espetáculo da terra.

Contudo, eles não se dão conta,
Do sofrimento de tamanha monta,
Que permeia a alma do Arlequim,
Lágrima verte, trajando roupa de cetim.

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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 21/03/2018
Reeditado em 10/08/2018
Código do texto: T6286689
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