LIBERTA
Vania Staggemeier
 
De olho no temporal...
Ela agora abriu a porta...
E sem saber o que dizer...
Ficou sem fala e com
Um nó na garganta...
 
Ao longe uma voz embargada...
Criou coragem tirando o nó
Da garganta e o medo dos olhos...
 
Calçou suas botas vermelhas...
Uma luva três quartos...
E lá foi ela direta sem contorno...
Passos tranquilos libertando-se ...
Dos apogeus do medo...
 
Deixou a corrente de ar...
Limpar a poeira da alma estremecida...
Da dor e da palavra incorreta...
Que ninguém soube interpretar...
 
E assim liberta a cigana leu sua mão...
E ela sorrindo foi se dançando com a liberdade...
Naquela estrada já florida e toda enfeitada...
Somente para ela...
Agora liberta liberdade...


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Vania Staggemeier
Enviado por Vania Staggemeier em 05/04/2018
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