Verdades latentes

Verdades latentes

Verdades já sabidas

Escondidas na mente

No fundo já sabemos

Mas sempre as escondemos

Como sujeira escondida embaixo do tapete

Como ratos que fingimos não existir nas redes

Como esgoto que desviamos no fundo da casa, direto para o poço

Escondemos algumas verdades que estão na nossa cara

Tentamos mudar o resultado de uma simples equação matemática

Transformamos nossas verdades em emoções dramáticas

Nunca estamos prontos para entender toda essa certeza emblemática

Todos os dias alimentamos nossas ilusões prioritárias

Todos os dias encenamos nosso teatro orquestrado

Todos os dias fugimos de algum triste recado

Achamos sempre que o perigo  está do outro lado

Para o nosso veredicto nunca estamos preparados

É sempre melhor dizer, isso não é comigo, estão enganados

Verdades latentes

O bote da serpente

Veneno corrente

Na corrente sanguínea

O sangue se transformará em água

Dos olhos sairão as lágrimas

Tudo se acaba, você não é nada

Jonas Luiz

São Paulo, 06/04/18

Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 06/04/2018
Reeditado em 06/04/2018
Código do texto: T6301481
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