O pacto

Temos um pacto de silêncio,

Eu e ele,

Permanecemos mudos.

Não conversamos um sobre a dor do outro.

Veio a tempestade

E soprou forte o vento,

Foram dias difíceis estes.

Porém, não se ouviu uma palavra sequer.

Até que num finzinho de tarde laranja,

Com passarinhos fazendo a última revoada,

O pacto foi desfeito.

Disse meu coração:

- Ainda estou aqui!

E o respondi:

- Eu sei, não te esqueci ainda.

A tarde foi se esvaindo, a noite chegando...

Os passarinhos já não voavam mais

E o silêncio voltou.

Até que estivéssemos,

Eu e ele,

Em paz novamente.

Marcos Amorim
Enviado por Marcos Amorim em 27/04/2018
Código do texto: T6320183
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