Mesa de Boteco

Num choro amargo de saudade,
Lembrança, eis que a espreita, invade,
Pontada seca que no peito lancina,
Desalegre saudade daquela menina.

Varões do burgo, imersa reflexão,
Ironia muda que destoa inflexão.
Afogam as mágoas, desalentos! Vede!
Não um simples ato de matar a sede.

É passada a hora de fazer amor,
Somam-se apenas resquícios de agror,
Palavra, sinônimo de acrimônico,
Breve sentir, oh, sofrer anacrônico!

Decerto, deve-se deixar de lado,
Aquele ressentido doer calado,
Tempo que vem e volta, e então aflora,
Nutrido passado que se rememora.

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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 23/05/2018
Reeditado em 20/06/2018
Código do texto: T6344437
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