O trem chegou

Desço, desço, desço a escada dourada.

Sem corrimão e escorregadia, a aventura final,

ninguém liga, nem sei por que escrevo, talvez para buscar perdão, depois, como uma justificativa ao pecado.

O botão, que tudo inativa, faz falta realmente.

Enquanto isso, desço, ate o momento em que a verdade aparecer, e assim, terei que cair escada abaixo.

Foi demais, agora fui longe, como seguir nadando, se respirar é difícil.

Para que continuar respirando, se acreditar é difícil.

De quem é a culpa?

Por que fiz tudo assim em minha vida?

Por que quis sempre mais?

Por que me apaixonei pelos limites?

Por que ando com um pé na terra, outro no abismo?

Onde foi que morri?

nesses dias mortais...