Doce calvário

Doce calvário

Nuvens negras ofuscando o meu cenário

Caminhando no escuro desbravando meu calvário

Peregrino e andarilho, pés descalços

Pele suada, suor escorrendo

Minha mente derretendo com o mormaço

Caminho que é meu e que caminho com minhas próprias pernas

Luz do dia que alumia, luz da noite que é a lua que clareia

Ainda acredito no canto das sereias

Sei que as sereias só existem no mar

Mas será que é pecado acreditar que elas podem aparecer em qualquer lugar

Então deixem-me sonhar

Ninguém jamais roubará esse meu refúgio

Esse meu mundo lúdico

Esse meu mundo lindo e absurdo

Esse é meu clarão no escuro

Delírios em noites de lírios

Aromáticos martírios

Minha passarela em forma de aquarela

São meus olhos que espalham o óleo sobre a minha tela

E assim sigo pintando, borrando

Ás vezes a tinta derramando

Ainda não extraí o sumo extrato da minha suma essência

Aquela cor multicor que o poeta pintor busca incessantemente

Ela só existe na minha mente

Jonas Luiz

12/10/18

Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 12/10/2018
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