Sacrifício
Eu não quero mais esperar.
O prelúdio já acabou.
Venceram todos os sinais.
O final se cansou.
Nem mesmo quero forçar:
não há mais agora...
Não esperança.
Incolores são os aromas matinais.
Não quero esperar.
Não quero querer.
Não quero forçar.
Finito.
Fim.
Ruiu.
O dentro virou fora.
Delatou ruídos de dores do que não é.
Já não será.
Recolho as peças.
Enterro cacos do que não foi.
E saio pra rua.
Curo fissuras com sementes do desejo que devora meus abissais...