Monstro

Existe um monstro, e ele mora aqui.

Não gosta se sair de casa, nem se anima com o sol.

Suas garras são terríveis, estão cravadas no meu peito, e assim, nós vamos.

Ele me quer inerte, vazio e congelado, para me devorar devagar.

Eis, q tudo se acaba, escorre ralo, este restinho de um sonho.

Isso não é um adeus, é um olhar de partida, eu escolho libertar meus próximos de toda a minha mentira, assim, sem tristeza, confiem que fiz o melhor, vou vazio, derramando a vida que já não havia.