Efêmera Simbiose

A vida é uma efêmera simbiose em uma sinuosa retidão,

É o barulho do silêncio e a imóvel rotação!

São devaneios de realidade...

É a velhice na mais tenra mocidade.

É como ver de olhos fechados a imensa escuridão, Desvairando-se apaixonado no céu de imensidão.

Despojado do sonho pueril

é a vida mórbida em si mesma sem pureza ou destreza

ferindo a si, a própria natureza.

Na vida faz-se de perto o distante;

Pasmo no grandioso horizonte, o pobre retirante navega no caminho errante.

Faz da vida certa aventura errante,

pois, pôs-se de perto aquele tão distante

de fácil difícil ofuscante

de sonho fado frustrante.

Dos mares de terra

Das terras de mar

Pôs-se o sonho a navegar

por entre as nuvens de terra

no seco solo do mar!

Pois, assim como este poema, quem disse que a vida é fácil de explicar?

Quem disse que é fácil amar?

Se somos tão ou mais confusos quanto as antíteses deste versejar!