Revolta

Como cicatriz de um corte fundo

Marcou-me incólume o sentimento

Uma tatuagem que eternamente

Fez de tragédia um moribundo

Rasgando a alma, inundando tudo

Marcando a ferro o meu tormento...

Ferida aberta, sem paz, tortura

Que independente de minha postura

Me dói, corrói meu desalento...

Não mais te ver, não é querer

Deixar de ter minha esperança...

Acreditar no impossível

É confiar na tua volta

É esperar pela bonança

Sublime, breve, suave e incrível

Da tempestade da revolta

Do mundo vil que me forçaram

A conviver com o mais terrível

A tua ausência... A tua falta...

Ederval Magalhães

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 17/12/2019
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