Engolindo a seco

A angústia atrevida, sempre chega de mansinho.

Entra na minha casa, invade a minha vida,

isso sem ao menos, perguntar se deveria.

Entra na cozinha, senta, e ainda

pede um chá.

E quando resolve se espalhar no meu sofá, pede pipoca, e ainda quer guaraná.

Assiste minha vida, com o controle nas mãos.

Enquanto ela sorri, eu perco meu chão.

Vira meu mundo de pernas para o ar e ainda me diz calmamente, você que aguente com seus próprios caos.

Eu grito, some!

Ela obedece, mas leva meu coração.

Oh, até quando será essa triste batalha?

Quando penso que acabou, ela me surpreende com novas etapas.

Ninguém vê, ninguém sente, ainda assim, são capazes de julgar.

Eu sei que ainda há chão, mas agora estou pulando num pé só, dou um passo por vez, que é para não perder a louca vontade de recomeçar.

Meu Deus, guie meus passos ou me dê asas, só assim eu voo, para longe de mim mesma.

Porque eu descobri, que sou eu o tempo todo!

Eu ... Eu mesma, com os comigos de mim.

Autora #Andrea_Domingues ©

Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues

Andrea Domingues
Enviado por Andrea Domingues em 24/05/2020
Código do texto: T6957054
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