Ciclo Vivo
No ventre da terra germina a semente,
Silente promessa de verde esplendor,
O tempo sussurra, paciente e crente,
E a vida floresce em eterno labor.
No canto da ave, o sopro do dia,
No rastro do rio, memórias do chão,
A brisa acarinha a face vazia,
E o mundo respira em suave pulsarão.
O sol que desperta a cor da alvorada,
A lua que embala o sonho do mar,
São peças do ciclo, a dança encantada
Que nunca começa, nem vai terminar.
Assim é a vida — frágil e inteira,
Mistério que brota da terra e do céu.
Natureza é mestra, mãe verdadeira,
E a vida é um sopro bordado ao véu.