Lágrima

Corre entre os poros

Veloz, sem freio

És pura, teu sal provoca arrepio

Escorre, deixando o recipiente vazio

Segue rumo ao abismo

Longínquo, escuro e frio

Sem medo, desbravando faces

E entre vários enlaces, receio não tem

Indomável, jamais te torna refém

Não vive em olhar sofrido

Que te expele, pelas curvas da pele

Prefere o fim, se esvai

És obra prima, brilha enquanto cai

E ali solitária, encontra um fim

Sem rio, sem riso

És lágrima

Que morre, no frio de um piso.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 03/12/2016
Reeditado em 03/12/2016
Código do texto: T5842098
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