ALMAS ERRANTES DE BAIRROS ILHADOS

A cidade louca está

Não duvides, ela está

Dividida como rio e mar

De tristeza a chorar

Tantas gentes diferentes

Nas calçadas beijam o ar

Vento vai passando forte

Brisa volta a cantar

A canção da morta viva

Da divisa lá do altar

O que que houve co’a cidade?

Tão pesada ela está...

Canta, canta minha gente

Que a tristeza vai passar?

Quantos tantos já cantaram

E já cansaram de esperar

Cidade, cidade, volte a despertar

Olhe à volta, sem se desesperar, a sua gente

Fazem parte da cidade

São bairros isolados, diferentes

No fim se tornaram ilhas perdidas que flutuam

Fantasmas disformes, inseguros, vagando no mundo espiritual

Visíveis, inteligíveis e discerníveis somente daqueles

Que da carne e da separação

do bem e do mal se tornaram livres

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 26/09/2018
Reeditado em 26/09/2018
Código do texto: T6460050
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