4 - A VALSA DAS COISAS

Na cidade, tudo dança,

Tudo canta,

Uma melodia dissonante,

uma harmonia desconcertante,

Em passos de balé moderno,

Sem ritmo pulsante.

O grave dos ônibus,

As piruetas nas rotatórias,

O encaixe perfeito do atravessar

Nas faixas cheias de gente

Em ambos os lados.

Frustrante, não é mesmo?

Ou fascinante?

Estou perdido na coreografia

Dessa sinfonia excitante,

Pois vejo caos,

Mas no caos há certa beleza,

Basta ler o Inferno de Dante. //

(Augusto Fossatti)

- tordosazuis.com

Augusto Fossatti
Enviado por Augusto Fossatti em 15/09/2019
Reeditado em 19/09/2019
Código do texto: T6745917
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