Janela Indiscreta

Da janela eu vejo a moça,
Na janela do seu quarto,
Ou sentada, belo quadro,
Ou deitada, bela moça.
Sou escravo desse quadro,
Sou escravo da janela,
Sou da minha e sou da dela,
Sou escravo dessa moça.
Mas a moça nem me liga,
Difícil é lhe cortejar,
Está sempre a fazer figa,
Pra esconjurar meu olhar.
E o pior dos meus tormentos,
Chega justo no momento,
Da moça ir repousar,
Quando em repentino gesto,
Ela ouve o meu protesto,
E resolve se trocar.
Olhares ainda investe,
Sobre a janela de cá,
Até sua cortina cerrar.
Luís Lisbello
Enviado por Luís Lisbello em 31/10/2019
Código do texto: T6783966
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.