Sociedade Sorrateira.
Sociedade insensata, insana, procrastinada,
Vive seca, invívida, sem alma, vegetais membrados.
Seus corações borbulham em vontades,
Mas seus gestos são pálidos,
Apáticos, desleais a si e aos outros,
Áridos viveres torcem as línguas nos dizeres,
E sua alma seca como embaixo ao sol,
Não bebem sua água por suas
Hipocrisia, heresias, demasia em impor
Supostas regras, desregradas, sem limites,
Excedem em sua moral,
E desmoronam suas atitudes obscuras,
Monstruosas ações de repúdio aos felizes,
São capazes de abdicarem das vidas,
Tornam-se suas ações as vontades dos outros,
Que cometem ações sorrateiras,
Priores até mesmo que a que suas bocas pronunciam,
Tristes vidas frustradas por seus próprios preconceitos,
Limitadas pelas correntes de sua própria língua,
Pagas por um deslize dos seus, mas
Aliviada por seus falsos bons costumes.
Sociedade eu, sociedade tu,
Sociedade eles, nós sociedade,
Seqüestramos nossas vidas,
Por um inviolável
Resgate, a moral almejada,
Irreal por quem mesmo a ditou,
Não enxergam suas capacidades,
Não vêem seus limites,
Nem entendem sua real enfermidade,
Todos são borderline!
Admitam seus reais valores,
Tratem das suas próprias dores,
Deixem que, quem sente, cuide das suas.
Há pobreza no coração de ricos
E riqueza no coração de pobres,
Vice versando esta frase,
Damos o direito a todos de serem felizes,
Do jeito que mais gostam,
Pois o crime que não está na lei,
Somente está na mente
Dos débeis espantalhos,
Que mesmo assim vive e mente.
Jocca Zêmiph (08/06/2008)