ANJOS DE RUA
Eles escrevem nos muros,
A dor do seu passado negro e do seu futuro.
Não conhecem o amor,
São filhos da dor.
Pedem um aqui um ali no sinal,
Para matar a fome malìgna.
Se lhe negam eles descolam uma carteira,
Se profissionalizam marginais.
Dormem em um banco de praça,
Seu cobertor è um velho jornal.
Quase ninguèm lhe ver com uma pobre criança.
Lhe condenam e lhe chamam de marginal.
Conhecem de perto o perigo,
Sabem que a morte lhe esperam nas esquinas.
Não sabem a rua que seguem a onde vai,
Não conhecem e nem sabem os nomes dos seus pais.
BRIONE CAPRI