Pedras no sapato velho
A linha que marca o horizonte
Camufla o esconderijo das raposas,
Falta o pão às massas que moram em baixo da ponte,
Por toda as ruas, lacrimejam as esposas.
Jamais o homem esquecerá sua virtude,
O perigo dele, indubitavelmente, é ser dissimulado;
O jovem recorta os fatos da plenitude
E cola no edital do jornal, sem ser assinalado;
A fantasia não faz mais sentido,
O carnaval é uma festa só da opulência;
Patologia social, monumentos sem libido,
Esse filme é antigo, porém, não muda a vivência.