Pedras no sapato velho

A linha que marca o horizonte

Camufla o esconderijo das raposas,

Falta o pão às massas que moram em baixo da ponte,

Por toda as ruas, lacrimejam as esposas.

Jamais o homem esquecerá sua virtude,

O perigo dele, indubitavelmente, é ser dissimulado;

O jovem recorta os fatos da plenitude

E cola no edital do jornal, sem ser assinalado;

A fantasia não faz mais sentido,

O carnaval é uma festa só da opulência;

Patologia social, monumentos sem libido,

Esse filme é antigo, porém, não muda a vivência.

Anderson Cirino
Enviado por Anderson Cirino em 04/03/2006
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