Um homem na praça( A praça e Castro Alves)

Passam apressados pela praça

Não enxergam o poeta ali parado.

de mãos estendiddas

à todos ofertando um ideal:

sua própria vida.

Não ouvem o eco de seu brado

cortando os céus

do presente ao passado

com o brilho e força

de um corcel.

Estão correndo ao trabalho.

Estão querendo agradar o turista.

Vender-lhes à vista

a vista da baia

e todos os seus santos

em mais um carnaval

a praça repleta

internacional enxame de gente.

Gente que não sente

que o poeta

é bem mais que mármore e bronze.

O poeta é o grito de liberdade

ideal de justiça e igualdade

materializado na praça

imortalizado na História

na figura de Castro Alves.

Eneas Andrade
Enviado por Eneas Andrade em 11/04/2006
Código do texto: T137305