Gaza
Estranhas as águas do mar,
que correm, correm sem parar?
O canto do sabiá?
Nada estranho...
canta, canta sem cessar.
Estranho, o homem lobisomem.
Engole a dor que o consome,
dias a fio,
noites infinitas
em gaza, lágrimas são rio...
Tudo estranho...
Nada apaga
o cheiro de morte.
As palavras cuspidas
jogadas,
Corpos caídos,
lançados a sorte.
Minnie Sevla