Poesia achada na rua

A poesia que não conseguia ver no escuro

não tinha pressa de visitar o passado

a poesia que assistia um filme

e não cansava de ouvir o fado

somos a poesia malhada – sofrida

da passeata com poucos componentes

a poesia pouca lida e sem voz

da poesia sem rumo nem vertentes

a poesia achada na rua sem dono

aquela que aparece no lixo

sem licença para publicação

com insanidade do bicho

atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 25/11/2009
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