Tartufo
A sociedade tartufista projeta o vil anseio
De putrefar nossa mais digna incumbência
Pobre, pois o acaso é quem a norteia
Do seio da desonra até seu parvo epílogo
Inconstante e torpe fuligem da vergonha
Que arrasta o bravo e o covarde à sua rinha deslustrada
Arena de solércias inermes da avarenta besonha
Inglório feito da urbe salaz e de má vontade
Devasso e vicioso cinismo sacana
É o que rege a pretensão do ser indigno
Mácula libertina na nobreza d’alma humana
Forja corrompida que ao meu senso traz repugna