Errare humanum est

Ecoam-me palavras

Palavras de acusação

Palavras de rejeição

Palavras de descriminação

Mas com certeza, de preocupação

Algumas, indiferentes, talvez

São dardos contra o meu peito

Fazem-me sangrar, deixam chagas no coração

Juízes na tribuna, absolvem culpados

Eu, na praça pública, aceito esses dardos

Julgamentos são, escritos na areia

Num dia qualquer, os leva uma onda

Mas este está cravado na alma

Como uma navalha contra o tronco de uma árvore nua

Ferida, sinto a minha vida a esvair-se como grãos de areia

Como folhas caindo

Abandono a casa de outrora, de uma existência

Companheiros de uma vida, em nome do amor

Me rasgam a pele

Apenas sou uma alma vagabunda

Em busca de algo...nem sei bem o quê...

Talvez de algo tão simples, algo que pouco conheço

Só pretendo a felicidade, talvez uma migalha de sentimento

Perdoem-me se escolho os caminhos errados

Talvez sejam atalhos, por ter medo de um caminho mais longo

Talvez seja errados, talvez não

Nunca saberei até os percorrer

Percorro-os descalça, sim, eu sei

Mas sempre com esperança, dum destino certo

E essa esperança...nunca acabar...

Gasosa
Enviado por Gasosa em 02/08/2006
Reeditado em 15/08/2006
Código do texto: T207644