Errare humanum est
Ecoam-me palavras
Palavras de acusação
Palavras de rejeição
Palavras de descriminação
Mas com certeza, de preocupação
Algumas, indiferentes, talvez
São dardos contra o meu peito
Fazem-me sangrar, deixam chagas no coração
Juízes na tribuna, absolvem culpados
Eu, na praça pública, aceito esses dardos
Julgamentos são, escritos na areia
Num dia qualquer, os leva uma onda
Mas este está cravado na alma
Como uma navalha contra o tronco de uma árvore nua
Ferida, sinto a minha vida a esvair-se como grãos de areia
Como folhas caindo
Abandono a casa de outrora, de uma existência
Companheiros de uma vida, em nome do amor
Me rasgam a pele
Apenas sou uma alma vagabunda
Em busca de algo...nem sei bem o quê...
Talvez de algo tão simples, algo que pouco conheço
Só pretendo a felicidade, talvez uma migalha de sentimento
Perdoem-me se escolho os caminhos errados
Talvez sejam atalhos, por ter medo de um caminho mais longo
Talvez seja errados, talvez não
Nunca saberei até os percorrer
Percorro-os descalça, sim, eu sei
Mas sempre com esperança, dum destino certo
E essa esperança...nunca acabar...