HORROR SEM LIMITES (Um pouquinho do sistema de trabalho escravo, em forma de cordel)

HORROR SEM LIMITE

Por Rosa R. Regis

Natal/RN - 2006

Imagine sua vida virar um inferno de um dia para outro; você ir embora de sua terra, e nunca mais rever sua família, seus filhos, o lugar onde você nasceu e não mais poder praticar sua religião. Além disso, ir para um lugar totalmente diferente do seu, comendo pouco e muito mau, apanhado até morrer... Foi isso quer aconteceu com os índios e os africanos que foram escravizados. Esses escravos trabalhavam em tudo e recebiam um tratamento “especial”, como se não fossem seres humanos.

Imagine sua vida

Em um inferno, virar:

De um dia para outro

Tudo que é seu se acabar.

Sua Terra, sua gente,

Do outro lado do Mar.

Você se ver obrigado

A, como escravo, partir

Para terras bens distantes

Do seu querido porvir,

Sem ao menos se importarem

Com o que você vai sentir.

Sua família, seus filhos;

Esposa/esposo, seus pais,

Serem afastados de si

p’ra não vê-los nunca mais.

E a Fé que você professa

Não professá-la jamais.

E, além disso, o lugar

No qual terá que viver

Nada ter com o seu lugar

Ou com o seu modo de ser,

Onde será humilhado

E maltratado a valer.

Comendo o insuficiente

Para uma vida sadia,

Sem ter qualquer um direito!

Vivendo o seu dia a dia

Trabalhando e apanhando

Até morrer de agonia.

Era isso que ocorria

No tempo da escravidão,

Com os negros vindos da África

E com os índios, pois, então,

Trabalhavam obrigados.

E sem remuneração.

De tudo eles faziam

Sob as ordens do “ Senhor” ,

Sem qualquer folga, descanso

Ou repouso. E, que horror!

Um “especial” tratamento

Como prova de desamor:

Tratados sem humanidade.

Ninguém liga a sua dor.

Morrem de surras e de banzo

(saudades do que deixou

na sua terra querida).

Morrem por falta de amor.

Rosa Regis
Enviado por Rosa Regis em 17/08/2006
Código do texto: T218990
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