TELEVISANDO

Vejo as cores da loucura

Deslizando no aparelho

E sinto uma náusea informacional.

São rostos, corpos,

Massas de espermas coloridos

Dançando rumbas

Num universo artificial.

Empurro para o estomago,

Estragado por transgênicos,

O suplemento oriundo de Sodoma,

Produzido com orelhas muçulmanas,

Anunciado em meu canal de compras predileto.

Esfrego o pau

Buscando algum gozo verdadeiro

Enquanto outro reality-show inicia

Vendendo-me o novo “melhor de todos os tempos”.

Troco os canais,

Troco os sentidos,

Troco os sentimentos,

Troco minha insanidade,

Por outra qualquer,

Em nome do “religiosus-consumus”.

Aperto OFF e começo a existir.

Roniel Oliveira
Enviado por Roniel Oliveira em 25/05/2010
Código do texto: T2279661
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