TELEVISANDO
Vejo as cores da loucura
Deslizando no aparelho
E sinto uma náusea informacional.
São rostos, corpos,
Massas de espermas coloridos
Dançando rumbas
Num universo artificial.
Empurro para o estomago,
Estragado por transgênicos,
O suplemento oriundo de Sodoma,
Produzido com orelhas muçulmanas,
Anunciado em meu canal de compras predileto.
Esfrego o pau
Buscando algum gozo verdadeiro
Enquanto outro reality-show inicia
Vendendo-me o novo “melhor de todos os tempos”.
Troco os canais,
Troco os sentidos,
Troco os sentimentos,
Troco minha insanidade,
Por outra qualquer,
Em nome do “religiosus-consumus”.
Aperto OFF e começo a existir.