Amargura

Estou deitada no leito

com uma revolta a bramir,

no pensamento, no coração.

É uma dor angustiante, por lembrar

que agora milhares de famintos clamam

por um pedaço de pão.

Têm fome de alimentos, de amor,

de tudo que faz bem.

Têm carência de atenção, de toques, de proximidade.

Esta incompreensão causa-me arrepios,

por ver meus irmãos sofrerem carências, decepções.

Levam-me ao delírio, a uma enorme amargura.

marlene andrade reis
Enviado por marlene andrade reis em 18/08/2005
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