A Grande Sede



Ávida e seca a boca urge,
Água fresca e aplacar a sede...
Refrescar a alma dos dissabores,

Guerras, fomes e lutas!
Indomáveis desertos,
Arrebatam muitas vidas...

Embebe a alma em frescor,
Visita o oásis e descansa!
Purifica-te, bebe o amor...

Aplaca a grande sede!



Elba Ramalho e Dominguinhos - Tenho sede

644120_534632179960571_724120086_n.jpg

Reeditado. Original escrito em 30/03/09.

Interação de:


EmojiEmojiEmoji

AURISMAR MAZINHO MONTEIRO

A sede, agressiva, se espalha...
e até leva o homem ao decesso...
Urge ele fazer o que valha
para fugir de infindo deserto.
 
A fome também vem à baila,
ofensiva tanto quanto aquela-
 a sede, que a boca iguala
ao peito, quando se desespera.
 
Urra a boca seca e fraca na fala;
a mesma que há muito não come
por falta do que bem lhe cala:
água, pão, tudo o que se consome...
 
Mas tem força a boca ao urrar
num gritante silêncio de dor,
reclamando o que sói lhe faltar,
na aridez dos caminhos sem cor.
 
Um pranto corre extenso no rosto,
tão forte quanto as dores no peito,
que destrói o amor com o desgosto
persistente por horas no leito...

Assim, trava-se n'alma uma guerra
onde o homem é o maior perdedor.
Entrega-se ao deserto das terras,
que não mais lhe oferecem calor.
 
Implacável jornada trilhou
esperando o aceno da paz...
A batalha travada mostrou:
faminto e com sede, não foi capaz...

A sede, agressiva, se espalha...
e até leva o homem ao decesso...
Urge ele fazer o que valha
para fugir de infindo deserto.
 
A fome também vem à baila,
ofensiva tanto quanto aquela?
 a sede, que a boca iguala
ao peito, quando se desespera.
 
Urra a boca seca e fraca na fala;
a mesma que há muito não come
por falta do que bem lhe cala:
água, pão, tudo o que se consome...
 
Mas tem força a boca ao urrar
num gritante silêncio de dor,
reclamando o que sói lhe faltar,
na aridez dos caminhos sem cor.
 
Um pranto corre extenso no rosto,
tão forte quanto as dores no peito,
que destrói o amor com o desgosto
persistente por horas no leito...

Assim, trava-se n'alma uma guerra
onde o homem é o maior perdedor.
Entrega-se ao deserto das terras,
que não mais lhe oferecem calor.
 
Implacável jornada trilhou
esperando o aceno da paz...
A batalha travada mostrou:

faminto e com sede, não foi capaz...

Obrigada, querido amigo!

 
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 08/10/2013
Reeditado em 11/10/2013
Código do texto: T4517327
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.