O Homem.

O homem, ser sólido como a água cristalina,

Escorrendo pelos poros de vaidades, dobrando esquinas,

Tecendo sonhos improváveis, gerando cobranças insustentáveis.

O homem, forte como muros de algodão,

Abrindo os braços sem dar as mãos, deixando o torpe em ebulição,

Construindo torres de desespero,

Fazendo da pior forma com muito esmero.

O homem, criando seu próprio calvário,

Deixando a felicidade no armário,

Para ser vestida em um futuro distante, cada vez mais distante

E seu olhar vazio, sempre constante,

Não vê que o homem de si próprio se torna o maior mutante.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 11/06/2015
Reeditado em 11/06/2015
Código do texto: T5274117
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.