O Homem.
O homem, ser sólido como a água cristalina,
Escorrendo pelos poros de vaidades, dobrando esquinas,
Tecendo sonhos improváveis, gerando cobranças insustentáveis.
O homem, forte como muros de algodão,
Abrindo os braços sem dar as mãos, deixando o torpe em ebulição,
Construindo torres de desespero,
Fazendo da pior forma com muito esmero.
O homem, criando seu próprio calvário,
Deixando a felicidade no armário,
Para ser vestida em um futuro distante, cada vez mais distante
E seu olhar vazio, sempre constante,
Não vê que o homem de si próprio se torna o maior mutante.