Amplamente
Somos todos iguais nesta noite
Eu, reluzente, apenas eu.
Nunca havia visto aquilo.
Tanto luxo.
Tanto brilho.
O que era aquilo.
Muito bom.
Deixa pra lá.
Mais champanhe, mais, mais, mais.
Minhas bijuterias.
Viraram ouro.
Como aquelas de milhões de dólares...
Não, nunca ,ao amanhecer continuaria igual.
A pobreza continuava ao redor.
Tão pobre
Quanto minhas jóias falsas.
Fujam, cadelas do Brasil! Fujam D. Joões e sua corte, Fujam.
Porque o Brasil pertence ao povo brasileiro
Sem champanhe
Sem jóias.
Levem tudo.
Mas deixem ao povo a dignidade de ser brasileiro.
Crédulo e guerreiro
Ampla Mente Brasileira.