Amplamente

Somos todos iguais nesta noite

Eu, reluzente, apenas eu.

Nunca havia visto aquilo.

Tanto luxo.

Tanto brilho.

O que era aquilo.

Muito bom.

Deixa pra lá.

Mais champanhe, mais, mais, mais.

Minhas bijuterias.

Viraram ouro.

Como aquelas de milhões de dólares...

Não, nunca ,ao amanhecer continuaria igual.

A pobreza continuava ao redor.

Tão pobre

Quanto minhas jóias falsas.

Fujam, cadelas do Brasil! Fujam D. Joões e sua corte, Fujam.

Porque o Brasil pertence ao povo brasileiro

Sem champanhe

Sem jóias.

Levem tudo.

Mas deixem ao povo a dignidade de ser brasileiro.

Crédulo e guerreiro

Ampla Mente Brasileira.

Regina Martins Vita
Enviado por Regina Martins Vita em 10/08/2017
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