Imasgm diponível no Gogle


MISTÉRIOS


Tonho Zefa e Martinha
Marta é filha do casal.
Ao brincar de casinha,
Na sombra do cafezal.

Tonho tinha doze anos
Zefa era onze a idade.
Solidão não há planos,
Nem natureza maldade.

Difícil era avô e vózinha
Dar sempre explicação,
E como dizer a Martinha
É filha de Zefa e Tonhão.

Assim, sem avós no final,
A história seguindo vai.
Sem casinha, com cafezal,
Só filhos, mamãe e papai.

A cova terá o segredo
Da inocência e beleza,
Sem trama e sem enredo
E culpa é da natureza.

Culpa, mas por que será,
Onde o crime começou?
Até nos tempos de Jeová
Em culpa ninguém falou.

Fim a Sodoma e Gomorra
Lot e filhas e abstinência,
Dê-lhe vinho e não morra
Do papai a descendência.


 
     O poeta que se revelou um grande amigo, professor Antonio Carvalho Neto, faz um poema e depois faz uma dissertação e explica toda à natureza e motivos da obra, achei isto fantástico. Fiz Um música que se chama bom dia amor, e como meus filhos gostaram e minha nora pegou a letra que eu ainda nem tinha musicado e começou a chorar, me lembrei de um entrevista que assisti do cantor Zé Ramalho onde um dos entrevistadores lhe perguntou, Que diabos quer dizer avô Ray, seu avô é, "ou" era americano? E rachando o bico de rir ele explicou bem ao jeito nordestino... "Não cara, meu avô se chama Raimundio" .

     Achei que deveria explicar o teor da minha música, já que eles gostaram se emocionaram e quando perguntei se tinham entendido bem disseram que não, mas acharam a construção poética caipira linda. Falei: o que eu mais gosto é pescar e estar no mato e à beira de rios, mais para estar lá do que pegar peixe, então me coloco na letra da música como pescador, contando os cinquenta anos , agora cinquenta e dois vivendo juntos eu e a mãe de vocês, quando na última estrofe eu digo que o jardim florido, cresce no calor, eu falo de vocês, as duas netas e que eu vivo a minha felicidade sem sentir saudades.

     Acho que vou explicar também o porque destes versos, já que não estão tão claros. Nas bibocas do Brasil até hoje ainda acontece, mas no passado era muito comum de repente a irmã ficar grávida de um irmão e infelizmente até do próprio pai. Lendo um folheto nordestino, alguém contava à história de um pai que teve filhos com as oito filhas e seus filhos tinham filhos com às irmãs e a família tinha um total de setenta e oito descendentes todos consanguíneos explicando que nunca houve anomalia genética. Aí encerra o folheto e eu pensei, quanto às anomalias genéticas só o tempo é que vai dizer, mas até onde pode-se saberer, isto é um crime ,abominável? Claro para quem vive numa sociedade organizada e grande é sim um crime, não só pela religião, mas por lei, se certo ou errado, eu diria que certo já que é condenado por motivos de salvaguardar a humanidade de doenças.

     Zefa e Tonho e Martinha filha do casal, que eram irmãos, no caso os avós eram tios e como Zefa estava esperando outro filho ele seria primo de Martinha além de irmão e... Acho que é melhor não estender muito esta coisa.

     Quando ia acontecer a destruição de Sodoma e Gomorra, lot teve de se retirar para o alto de uma montanha no caminho sua esposa virou uma estátua de sal e Lot foi viver lá com as duas filhas, a desculpa delas é que precisavam manter à descendência do pai viva, mas eu acho que elas estavam é coçando a bacurinha e tacaram vinho no velho até ele dormir aí bolinaram o velhinho até ele ficar no ponto, e tacaram as perecas no Lotinho, ficando grávidas e não deixando o pobre velho sem às ditas cujas descendência. Era para ser dois filhos mas ele gostou da ideia e aproveitou para repovoar à humanidade.  Um abraço galerinha do bem querer. 

A sim estava esquecendo, o Lot era parecido com este caboclinho aí de cima... É ele era jovem.
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 12/12/2017
Reeditado em 13/12/2017
Código do texto: T6197254
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.