VOTO EM VÃO

O voto é a arma, de um povo sem alma,

Que vivendo num trauma procura guarida.

Lá vem o político, com conversa e decência

E lhe tira a essência, o âmago da vida.

Discursos bonitos e muitas promessas,

Nas ruas há festas, nos lares há fome.

Será que esses homens, já não têm mais pudor,

Pois espelham o horror nas ruas e praças

E o povo sem graça, aplaude as balelas;

No semblante as mazelas, de tantas trapaças.

De novo eleição e a revolta é geral,

Política é um mal, pois só há desavença;

Políticos corruptos destruíram a “espécie”,

Enquanto o povo sofrido, perdeu sua crença.

De barriga vazia sobem em um caminhão,

Com destino à seção vão os eleitores,

Não importa a distância, se de longe ou de perto,

Trazendo nas mãos os calos e dores,

Do trabalho pesado, do salário minguado,

Vivendo em ruínas, sem letra e sem teto,

Pobres “analfabetos” vêm eleger os “doutores”.

O que ofereceram aos adolescentes

E aos analfabetos carentes do pão-do-saber:

O direito de votar sem perspectiva,

Não melhora a vida,

É mero anonimato.

Mas os tais candidatos,

Querem se eleger.

Autor: João Aragão

Itagibá – BA

João Aragão
Enviado por João Aragão em 17/08/2018
Reeditado em 22/08/2018
Código do texto: T6422009
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